quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quem é você, Alasca?

Olá, tudo bem?
Bem irei fazer mais uma resenha da minha vida. Sinceramente terminei esse livro essa semana, e não estou conseguindo ler mais nada por causa dele. Fiquei vidrada, não só pelo nome que me chamou muita atenção mais, por tudo, a historia, o enredo, ela.
Quem é você, Alacas é um livro que faz você meditar, que ninguém conhece ninguém, só devemos aceitar.


O primeiro amigo. A primeira garota. As ultimas palavras.

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras – e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Rabelais. Inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para seu labirinto e o catapultará em direção ao “Grande Talvez”.



Bem não dando Spolers, demais. Posso dizer que Gordo aprendeu muito, não no sentido do verbo amor. Mas sim na vida, sei que mesmo depois do livro acabar e ele seguir a vida dele, ele sempre levará consigo essa "aceitação", mesmo que ele esqueça Alasca, ele vai aceitar as pessoas e perdoa-las. Alasca mudou a vida de todos, e vai mudar a sua depois de ler. O que eu mais gostei da Alasca foi como ela é parecida comigo, em todos os sentidos, os livros não lidos, a confusão, os medos, as frustrações, tudo. 
Como ninguém sabe nada a respeito dela, mesmo parecendo transparente ela é um abismo e o Gordo não tem asas para ama-la. 

“SEI QUE TODOS FAZEM A MESMA PERGUNTA, mas de onde saiu esse nome? Alasca?, perguntei.  Alasca tomou um gole de Mountain Dew e pegou em minha mão.
"No fim, todos acabam perguntando. Então, vamos lá... Minha mãe era meio hippie, sabe, usava suéteres enormes que ela mesma tricotava, fumava muita maconha e esse tipo de coisa. E meu pai era um verdadeiro republicano. Quando nasci, minha mãe queria que eu me chamasse Harmony Springs Young, e meu pai, Mary Frances Young.”
Enquanto falava, ela balançava a cabeça ao ritmo da música da MTV, embora o videoclipe fosse de uma baladinha pop do tipo que ela dizia odiar.
“Então, em vez de me chamarem de Harmony ou de Mary, eles me deixaram escolher. Quando eu era pequena, meu nome era Mary. Eles me chamavam de queridinha ou algo assim, mas, no formulário da escola, por exemplo, escreviam Mary Young. Então, quando fiz sete anos, meu presente foi escolher meu nome. Legal, né? Passei o dia inteiro olhando o globo terrestre do meu pai à procura de um nome bem legal. Minha primeira escolha foi Chade, como o país da África. Mus meu pai disse que era nome de menino, então escolhi Alasca.”
. “Mas por que Alasca?”, perguntei.
Ela sorriu com o canto direito da boca “Bem. depois eu descobri o que significava. É uma palavra de origem aleúte. Alyeska. Significa ‘aquilo em que o mar bate’, e eu adorei. Mas, naquela época, só conhecia o Alasca do norte. Era grande, como eu queria ser. E estava bem longe de Vine Station, Alabama, como eu queria estar.”
Eu ri. “E agora você cresceu e está razoavelmente longe de casa”, eu disse, sorrindo. “Parabéns.” Ela parou de balançar a cabeça e soltou minha mão (infelizmente suada).
“Sair de casa não é tão simples assim", disse, séria, os olhos postos nos meus como se eu conhecesse a saída e não quisesse lhe dizer. Depois mudou o rumo da conversa. “Sabe o que eu quero fazer depois da faculdade? Dar aula para crianças deficientes. Sou boa professora, não sou? Droga, se eu consigo ensinar Pré-Cálculo para vocês, posso ensinar para qualquer um. Talvez possa trabalhar com crianças autistas.”
Ela continuou falando, suave e pensativa, como se estivesse me contando um segredo, e eu me inclinei para ela, subitamente dominado pela sensação de que precisávamos, de que deveríamos nos beijar naquele instante, ali mesmo no sofá laranja com marcas de cigarro e décadas de poeira acumulada. E eu a teria beijado. Teria continuado a me debruçar na direção dela até que fosse necessário inclinar o rosto para me desviar de seu nariz arrebitado, e teria sentido o choque de seus lábios macios. Teria feito isso. Mas, então, ela despertou.
“Não!”, exclamou. E, de início, eu não sabia dizer se ela estava lendo meus pensamentos, adivinhando minha vontade de beijá-la, ou se estava respondendo a si mesma em voz alta. Afastou-se de mim e disse suavemente, talvez para si mesma, “Cruzes! Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas talando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia.”
“Como assim?”, perguntei.
“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.”
Ela se virou para a tevê, um comercial de automóveis, e brincou sobre o fato de o Azul-Metálico estar precisando de seu próprio comercial. E, imitando a voz grave e apaixonada dos locutores de tevê, disse: "É pequeno, é lento, é uma droga, mas funciona. Às vezes. Azul-Metálico: Consulte seu Fornecedor de Carros Usados.” Mas eu queria saber mais sobre ela, Vine Station e o futuro.
“Às vezes, não entendo você”, eu disse.
Ela nem mesmo olhou para mim. Apenas sorriu para a tevê e disse: “Você nunca me entende. Essa é a graça."


Bem um pedaço para animar vocês, o livro é pequeno, mas estático, peço que quando leiam lembrem, Alasca é um personagem complicado, como nós. Peço que leem tentando intende-la, aceita-la, mesmo quem narre seja o Gordo, pense que você é ela, e você a intenderá. 


é um livro bonito, que precisa e deve ser lido.
Beijos Beijos de uma Alasca qualquer.

s2

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